Nos últimos dias um nome voltou a freqüentar o noticiário político nacional: Carlinhos Cachoeira. Desta vez, a Cachoeira é ligado ao Senador da República, Demóstenes Torres – ex-DEM. Só para lembrar um pouco a trajetória de Carlinhos Cachoeira e suas ligações com o Poder, extraímos este histórico para seu deleite, do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlinhos_Cachoeira. Então, veja: Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira (Anápolis, década de 1960) é um empresário brasileiro. O nome de Carlinhos Cachoeira ganhou repercussão nacional em 2004 após a divulgação de vídeo gravado por ele onde Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), lhe faz pedido de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Carlinhos Cachoeira numa concorrência pública carioca. A divulgação do vídeo se transformou no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula [1][2
O Escândalo em 2004
Cachoeira ganhou notoriedade da imprensa e opinião pública brasileira (com até repecussão internacional, pois chegou a ser chamado de "Charlie Waterfall", pelo New York Times)[3] em 2004, após a divulgação da fita gravada em 2002 por ele mesmo juntamente com outro empresário Waldomiro Diniz, divulgada pela Revista Época em 13 de fevereiro de 2004.
Na gravação, Waldomiro Diniz aparece extorquindo Augusto Ramos para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Augusto Ramos numa concorrência pública.
No entanto, o pedido de 2002 não ocorreu, razão na qual Cachoeira enviou a fita ao então senador Antero Paes de Barros (PSDB), que por vez enviou ao Ministério Público de Brasília, na qual os repotéres da revista Época conseguiram a cópia.
Após a divulgação da denúncia, Waldomiro Diniz deixou o governo no mesmo dia, provocando a primeira crise política no Governo Lula. A oposição e até aliados do governo tentaram criar CPI dos Bingos, mas as manobras do Lula barraram a criação e deixou o governo sob suspeita até o surgimento do escândalo do Mensalão em 2005.
Caso Waldomiro Diniz
A Imprensa brasileira dedicou grande espaço para divulgar esta, que foi a primeira crise ética (ou política) do Governo Lula, durante o ano de 2004. A divulgação das imagens enfraqueceu a posição do então ministro José Dirceu no governo, culminando depois, no pedido de demissão do virtual Primeiro Ministro. Esse fato se incluiu ao caso do Mensalão, que ficou conhecido como o escândalo do Mensalão.
Prisão em 2012
Em 29 de fevereiro de 2012, Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, operação que desarticulou a organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goías por 17 anos. Escutas da operação acabaram atingindo diretamente o senador da república Demóstenes Torres (DEM-GO), em conversas sobre dinheiro supostamente fruto de propina. Indiretamente, as investigações da PF atingem também as administrações dos governos de Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO).(4)
No dia seguinte, dia 1o de março, foi transferido para presídio federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, disse Ministério da Justiça no dia seguinte.[5][6] Desde então, ele permanece preso.
Após a prisão, surgiram denúncias em que Cachoeira tinha relação com o senador goiano Demóstenes Torres.
Sujeita para todo lado –
Com esse texto, a revista Veja do dia 03.11.2004, Edição 1878 afirmava que o Deputado Federal André Luiz do PMDB do Rio de Janeiro tentara extorquir 4 milhões de Cachoeira, em nome de outros deputados. No ano seguinte à publicação da reportagem sobre a não comprovada tentativa de extorsão sobre Cachoeira, a Revista Veja recebeu de Carlinhos Cachoeira a fita que mostrava o diretor dos Correios recebendo propina de R$ 3 mil, fato que deu origem ao que se conhece hoje como escândalo do Mensalão.
Referências:
↑ PF prende Carlinhos Cachoeira em operação contra jogos de azar Portal Circuito MatoGrosso - acessado em 5 de março de 2012
↑ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/chefes-de-mafia-dos-cacaniqueis-sao-presos-pelo-pais/n1597657134857.html
↑ Folha de S. Paulo (29 de Fevereiro de 2012). PF prende Carlinhos Cachoeira em operação contra jogos de azar.
↑ Carlinhos Cachoeira é transferido para presídio federal no RN (2 de Fevereiro de 2012).
↑ http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2012/03/ligacoes-de-carlinhos-cachoeira-com-politicos.html
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/50984/Veja-defende-empres%C3%A1rio-Cachoeira-desde-2004.htm
Nosso comentário:
Carlinhos Cachoeira é um dentre tantos “empresários” brasileiros que mantém relações incestuosas com agentes públicos em diferentes esferas do Poder – Executivo, Legislativo. Essa prática acaba contaminando a política e quem nela está. Fato é que, tudo gira em torno do interesse pelo dinheiro e o poder. Políticos sem escrúpulos se vendem para empreiteiras, banqueiros, contraventores, etc... Em troca ... dinheiro para as campanhas eleitorais = poder. Resultado: descrença do povo em seus representantes, defesa de interesses não republicados do empresariado.
Em cada Estado e em cada cidade do nosso país há os “Carlinhos Cahcoeiras”, “os Josés Dirceus” os “Demóstenes Torres”, isso é fato.
Eu sempre tive uma preocupação em todas as campanhas que fiz: “não aceitar dinheiro de origem duvidosa.” Os gastos que fiz sempre foram na proporção de 95% de minhas economias próprias e 5% de doações (amigos e pessoas próximas).
Responda:
1 - Escândalos como este fazem você ficar descrente com a política?
2 - O financiamento público das campanhas eleitorais, com limite de gastos para cada candidato seria uma forma de reduzir ou até mesmo eliminar a promiscuidade entre o público (políticos) e o financiadores de campanha (empresários, contraventores, etc...)?
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