Peço licença ao leitor para dizer que às vezes ouço críticas ao mandato que estamos fazendo. Ouço com respeito a todos e, procuro corrigir os erros, até porque ninguém está longe de cometer equívocos. Mas, pior que cometer equívocos é permanecer nos erros. Dentre as críticas que ouço é que deveria oferecer soluções para a cidade, ao invés de só ficar criticando. Para quem vem acompanhando de perto nosso trabalho e, lamento que pequena parte da população se interesse pela política, fazendo-o somente no momento das eleições, vê que fazemos as criticas sim, mas também apontamos soluções.
Já tivemos a oportunidade de expor uma série de sugestões que se adotadas poderiam melhorar e muito a vida do povo sandumonense. Só relembrado, temos proposta de Descentralização Administrativa com a criação das Administrações Distritais, a formação do Conselho do Município, da adoção do Orçamento Participativo, da criação do Fundo de Compensação Tarifária par ao transporte coletivo urbano, a criação da Controladoria Geral do Município como forma de combater a corrupção e o desperdício, além de outras medidas tais como: a agilização do processo de regularização do Distrito Industrial, a inserção de Santos Dumont em obras de interesse regional. Procuramos, também a valorização do ser humano: criação de comissão especial em defesa do deficiente físico, apoio irrestrito aos aposentados, à vida com a instituição do Dia do Nascituro, etc... Estamos fiscalizando, e dentro desta fiscalização temos a convicção que muitos desmandos foram coibidos, pena que não todos.
Enfim, temos buscado dar nossa contribuição na melhoria das condições de vida do nosso povo. Portanto, estamos sim, oferecendo sugestões para a Administração Municipal. Contudo, a execução e a administração, dentro do Estado Democrático de Direito cabe ao Poder Executivo e não ao Legislativo.
É dentro desta perspectiva de contribuição que sugerimos na última semana ao Senhor Prefeito Municipal a imediata reforma administrativa. A reforma administrativa passa necessariamente pelo corte de secretarias, cargos de confiança e assessorias. A estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Santos Dumont autoriza-nos dizer comporta uma reorganização, visando otimizar os procedimentos e economizar recursos.
O aproveitamento dos servidores públicos no exercício de muitas funções que hoje são loteadas por força de compromissos fisiológicos, daria um alento inicial, e sobras financeiras que poderiam ser utilizados na melhoria da saúde e da educação de nossa terra.
Otimizar procedimentos e os processos, que estão equivocados – vejam o número de carros encostados na frota municipal, com a gestão de recursos materiais, também é uma necessidade que se impõe, com o fito imediato de economizar recursos e direciona-los às áreas afins da população.
O caso do Hospital de Misericórdia de Santos Dumont que recebe subvenção pública municipal e estadual para desenvolvimento de suas atividades é um bom exemplo. A Prefeitura alega não possuir recursos e, não possui. O Hospital diz que os recursos são insuficientes, e são insuficientes. O Hospital pode a qualquer momento entregar o serviço de urgência e emergência para o município, e aí como ficaremos?Por certo, o município não conseguiria contratar os médicos para a urgência e emergência. Embora autorizado a contratar temporariamente, embora autorizado a pagar valores diferenciados aos médicos concursados, fato é que a saúde básica em Santos Dumont não funciona, o que só contribui para aumentar ainda mais os custos da urgência e emergência.
UBS que não funcionam, PSF que não são instalados, falta de recursos humanos, pois é certo que prédio, cadeira e mesa não atendem o cidadão: é necessário médicos, enfermeiros, agentes e atendentes bem treinados e dignamente remunerados para que o sistema possa funcionar.
Temos um Conselho Municipal de Saúde formado por homens e mulheres abnegados: trabalhadores voluntários que estão a sugerir mudanças necessárias, que via de regra são desconsideradas. Temos excelentes médicos e profissionais de saúde, que precisam ser urgentemente reconhecidos e valorizados. Temos uma população carente de uma saúde de qualidade.
O executivo municipal, para infelicidade geral, parece distante de tudo. Frio, inerte, indiferente. Há quem defenda o governo municipal.
Há quem defenda os métodos e as práticas por eles adotados. Embora saibam que há erros, fecham os olhos: é melhor estar de bem com o rei.
Por paixão, por interesse ou medo o fato é que o governo municipal não cortou a gordura e, muito menos na carne. Prefere continuar privilegiando o aparelhamento do município com a contratação e manutenção de companheiros e afilhados políticos incompetentes, do que reverter ao máximo o pouco dinheiro em benefício da população. Poderia detalhar, como o Prefeito poderia fazer a reforma administrativa. Estou à disposição dele e dos demais líderes do Partido dos Trabalhadores, embora saibamos que o PT pouco apita no governo municipal. Mas, será que haverá interesse e, mais do que isso,será que haverá humildade para ouvir-me? A julgar pelo povo, estou convencido que não! Queria estar errado! Essa é a minha contribuição.
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