terça-feira, 17 de abril de 2012

ELE TEM RAZÃO?

Os telejornais da última segunda-feira divulgaram mais gravações da Operação Monte Carlo, que acabou com a prisão dentre outros, do ‘empresário’ Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira e do principal executivo da empreiteira Delta (a sétima maior do país), Cláudio Abreu.Desta feita, o áudio foi gravado por Carlos Pacheco, ex-sócio e hoje desafeto de Cavendish. No áudio de uma reunião com executivos da Delta, o empresário Fernando Cavendish, mostrando poder e prestígio político, o empreiteiro dá a receita de como obter obras públicas. "Se eu botar 30 milhões na mão de políticos, sou convidado para coisa pra c." "até por R$ 6 milhões". "Ó! Nem precisa tanto dinheiro não... eu sou muito competente nisso... senador fulano de tal, se (me) convidar, eu boto o dinheiro na tua mão".

Em 2010, a Delta consta como doadora de R$ 2,3 milhões apenas a comitês partidários no País. Do total, R$ 1,1 milhão foi destinado ao Comitê Nacional do PT e o restante ao PMDB.

A Delta ganhou R$ 862 milhões em 2011 com obras federais e nos Estados, inclusive obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Gravações telefônicas indicam negociações da Delta Construções S.A. negociando facilidades em contratos diretamente com a cúpula do governo do Distrito Federal, em troca de favores de campanha.

Em nota divulgada na segunda-feira à imprensa, o empresário Fernando Cavendish diz que o áudio foi gravado clandestinamente e não expressa a sua opinião. As palavras segundo ele, "foram pronunciadas em tom de bravata em meio a uma discussão entre ex-sócios que, desde então, se enfrentam na Justiça".

Também conforme a nota, o trecho divulgado no site é parte editada de uma longa discussão entre os controladores das duas empresas, a Delta e a Sygma, que discutiam os termos de uma dissociação. "O áudio não representa o que a Delta e seus controladores pensam", afirma.

Fique de olho na próxima eleição, pois assim como ocorreu no mensalão, o dinheiro sujo pode desembarcar em Santos Dumont nas próximas eleições!


Cavendish tem razão?

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