
O ano de 2010 iniciou com a perspectiva de uma retomada do crescimento econômico do Brasil, que já ao final do ano de 2009, dava sinais de que a crise econômica mundial não só não chegará, como ficaria bem distante do cenário econômico interno. Por uma estratégia político administrativa, que não nos cabe julgar, embora em muitos aspectos possamos considerar equivocada, entendeu o gestor de promover a máxima economia para devolver ao final do ano o máximo de recursos. Fato é que a reivindicação dos vereadores na contratação de um assessor técnico para os trabalhos parlamentares subsistia latente.
Sobreveio o ano de 2011 e considerando as excelentes perspectivas de crescimento econômico, que chega até mesmo a gerar uma pressão inflacionária na economia, verificamos que permanecendo a reivindicação dos vereadores na contratação de assessoria técnica, ter-se-ia dentro das limitações orçamentárias e fiscais impostas pela legislação a possibilidade de contratar a assessoria.
Entretanto, daí adveio a primeira inverdade: os assessores irão ganhar R$1.200,00. Não é verdade o valor que os assessores estarão recebendo é de R$ 727 reais mensais. A segunda inverdade: a contratação poderá ser feita por critérios meramente políticos. Contudo, há critérios técnicos que deverão ser observados, conforme estampa a Resolução que trata da questão. Além dos critérios técnicos no recrutamento, dever-se-á atentar para o fato de que os mesmos, além do treinamento, serão avaliados durante a vigência do contrato laboral.
Registro que respeito a opinião de cada cidadão. Afinal, vivemos em um Estado Democrático de Direito, onde a livre expressão é uma garantia constitucional. Entretanto, não nos é dado deixar de perceber um conteúdo maldoso nas leviandades propagadas: a intenção está no próximo ano: 2012 em que serão escolhidos os novos representantes da população sandumonense.
Demagogia x Coerência. Há quem seja coerente em defender a não contratação. Entretanto, outros trilham o caminho da demagogia e aproveitam de um mote para “fazer as consciências”. Fato é que, um vereador em nossa cidade recebe mensalmente subsídios no valor de R$2.400,00. Para alguns o valor é significativo. Eu diria, para a grande maioria de nossa população.
Mas, há que se perguntar: quem deixaria seu emprego para se dedicar exclusivamente à vereança? Não sei se a grande maioria de nossa população sabe, mas, os vereadores de Santos Dumont não recebem 13o salário, não recebem por sessões extraordinárias, não recebem vale alimentação, verba palitó, verba para combustível, para comunicações (postagens), etc... Afinal, isto são mordomias que só os Deputados, que ao contrário dos trabalhadores tiveram um aumento de mais de 60% (sessenta por cento), passando a ganhar mais de R$26 mil reais por mês, além de tantas outras mordomias. Alguns, se locupletam dividindo o salário com os assessores.
Não é luxo, é uma necessidade. O cidadão há que ser bem atendido. Para aqueles que desejam fazer da vereança um meio de vida, talvez reste a demagogia. Talvez na próxima legislatura, diante de tantos “incentivos”, onde o termo “parasita” é o mínimo, tenhamos melhores vereadores na Câmara Municipal de Santos Dumont, ou não!
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